A Tricotilomania, de acordo com o DSM-IV, é classificada como um Transtorno do Controle dos Impulsos, caracterizado pela dificuldade em controlar impulsos específicos. Sua principal manifestação é o ato recorrente de arrancar os próprios cabelos. As áreas mais afetadas geralmente incluem o couro cabeludo, sobrancelhas e cílios, mas qualquer parte do corpo que tenha pelos pode ser alvo.
Critérios diagnósticos:

•  Arrancar os cabelos de forma repetitiva, resultando em perda capilar visível;
• Sensação crescente de tensão imediatamente antes de arrancar os cabelos ou ao tentar resistir ao impulso;
• Sensação de prazer, gratificação ou alívio ao realizar o ato;
• O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno mental nem por condição médica (ex.: doenças dermatológicas);
• O comportamento causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízos no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida.

Tricofagia:
Em alguns casos, a pessoa também ingere os fios arrancados, o que pode provocar complicações gastrointestinais, como formação de tricobezoares (acúmulo de cabelo no estômago).

Tratamento:
O tratamento da Tricotilomania deve envolver uma abordagem multidisciplinar, incluindo acompanhamento psicoterapêutico (principalmente Terapia Cognitivo-Comportamental), avaliação psiquiátrica para manejo medicamentoso, além de suporte de outras especialidades quando necessário, como gastroenterologia e dermatologia.